O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o ‘Barêtta’, informou nesta terça-feira (16) que a advogada Izadora Mourão foi morta com sete golpes de faca no quarto do irmão, o jornalista João Paulo Mourão, que é o principal suspeito do crime.
As investigações apontam que, após matá-la, o irmão teria ido dormir no quarto da mãe. Ela, ao encontrar a filha, segundo o Barêtta, ligou para a empregada doméstica da casa pedindo para que ela dissesse que uma mulher havia entrado na residência e que João Paulo estava dormindo.
“Izadora foi morta no quarto dele e, após matá-la, ele foi dormir no quarto da mãe. A mãe, quando tomou conhecimento que a filha estava ferida ou morta, ao invés de ligar para a polícia e chamar o socorro médico, ela ligou para a faxineira combinando que ela dissesse que João Paulo estava dormindo e que uma mulher teria entrado. Porém, a partir das 7 horas da manhã, ninguém entrou naquela casa”, relatou o coordenador do DHPP.
Duas facas foram utilizadas no crime. Uma delas ficou com a tia e outra com o primo do suspeito. “São duas facas utilizadas por ele, uma ficou com a tia e outra ele deixou com o primo. A tia o chamou para entregar a faca. A olho nu, nós já sabemos que tem vestígios de sangue e elas irão passar por exames periciais”, comentou Barêtta.
Para o delegado, o crime foi premeditado. “Eles possuíam umas desavenças, mas isso vai ser delineado nos autos do inquérito policial nos próximos dez dias. A motivação é muito subjetiva. Ele não fala, ele não confessa. Na verdade, ele premeditou o crime. A Izadora, nas últimas forças dela, ela ainda se locomove e deixa claro que o assassinado estava próximo dela e dentro de casa”, disse.
Irmão preso
João Paulo Mourão, irmão da advogada, foi preso nesta segunda-feira (15) suspeito de ser o autor do crime. A polícia encontrou no quarto dele roupas sujas de sangue e uma faca que teria sido utilizada para assassinar Izadora. A vítima morava com o irmão e a mãe em Pedro II.
Conforme Barêtta, pessoas da família de Izadora serão investigadas por passar informações equivocadas aos policiais durante a investigação.
Versão inventada
No dia do crime, sábado (13), a família alegou à Polícia Militar que uma mulher, identificada apenas como Maria, teria entrado ido até à casa da advogada e, após sair, Izadora Mourão foi encontrada já sem vida.
“De acordo com relato de familiares, a mulher esteve ontem na casa da vítima, contudo, a vítima não se encontrava. Ela retornou hoje, a vítima a conhecia e como ela estava indisposta, pediu para que a mulher entrasse no quarto”, afirmou o major Jairo Oliveira.
Segundo o delegado, a história teria sido inventada para atrapalhar a investigação.
Fonte: G1 Piauí
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